Estudando sobre a relação da
sociedade com o corpo humano, especialmente no século XX e XXI, estive pensando
sobre dois ideais de “corpo perfeito” que predominam hoje: O corpo ectomorfo,
que valoriza o formato de corpo linear, típico das modelos de passarela, e o
corpo hipertrofiado, que valoriza o formato de corpo muscular.
Esses dois ideais
disputam espaço e, nos últimos anos, tem-se visto a “geração saúde”, que ama
academias e anabolizantes, afirmar que é a geração que busca mais do que um
corpo com formas exuberantes, mas busca saúde, força e um estilo de vida saudável.
Eu, particularmente, acho isso pura ladainha, na maioria das vezes. Não sou
contra exercícios físicos, eu mesma procuro praticar regularmente. Mas o que
tem acontecido ultimamente é, na verdade, uma troca de ideal de corpo perfeito,
de padrão de beleza, onde antes o magro era o único belo e agora o musculoso,
bem definido e forte é o que toma o status de forma perfeita.
Para mim ambos os casos são apenas sintomas de
uma sociedade narcisicamente doente, que idolatra a si mesma e ama aparecer.
Até porque, quem de fato busca saúde e bem estar, não tem a necessidade obsessiva
de mostrar para o mundo o quão saudável, magro, forte, esbelto e musculoso é. Isso tem outro nome: Culto ao corpo.
Acredito
que saúde seja uma harmonia entre mente, espírito e corpo, onde se pode ter
boas perspectivas para o futuro quanto ao funcionamento do próprio ser, prevenindo
e tratando qualquer patologia em qualquer uma das áreas.
Coisa que não enxergo
nessa gente obsessiva por padrões estéticos, podem até ser belos exteriormente,
mas não raro padecem dentro de si.
Para terminar, uma
frase interessante pra refletir o assunto:
“O culto ao corpo oculta a alma” (Zack Magiezi)
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