A vida é como um rio em fluxo.
Eventualmente, olhamos para seu ritmo em conduzir as águas e, como habituais
obsessivos por controle, tentamos manipular o seu fluxo conforme o que achamos
apropriado. “Mais devagar!” diz um. “Mais depressa!” diz outro. “Isso demora
muito, vou apressar!”, diz o ansioso. “Isso está rápido demais, preciso adiar”,
reclama o procrastinador. E assim tentamos mudar o natural fluxo das coisas,
desejamos alterar seu ritmo e impor a ele a nossa maneira, que julgamos ser a
melhor, de conduzir as águas. O resultado? Desastres, na certa. Destruímos o
que era para ser natural, transformamos em artificial e sofremos as conseqüências
– imediatas ou não – dessa atitude.
Eu e você, infelizmente – ou felizmente
–não podemos conduzir o fluxo do rio da vida conforme o nosso querer sempre. Os
imprevistos estão aí como prova disso.
Contudo, podemos e necessitamos
entregar nossa compulsão por controle Àquele que possui em suas mãos o total controle
do fluxo, ritmo, forma, início e fim do rio da vida.O medo e a ansiedade podem
ser sintomas de quem percebe que não consegue controlar totalmente o rio,
conforme o seu querer. Confiança e alegria são efeitos naqueles que souberam
entregar o controle – ou reconhecer isto – ao Senhor de tudo.
Olhe para os lírios do campo,
disse Jesus, e aprenda com eles. Eles não trabalham, não controlam com sua
força absolutamente nada, contudo, podem descansar dia após dia na certeza de
que o Seu Criador mantém em Seu controle o fluxo de tudo ao seu redor. Concordo
com C.S. Lewis quando diz que talvez o nosso desafio seja fazer pela razão o
que eles fazem sem ela.
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