Chega a ser cômico o tanto que as aparências podem nos enganar. Conhecer
uma pessoa de perto, no íntimo, no pessoal, pode significar saltar de
uma imagem meramente imaginária – o virtual – que outrora você projetou
dela, para enxergar como ela é de fato – o real. Essa passagem pode ser
frustrante ou fascinante, mas sempre surpreendente.
Fato é que nós,
muitas vezes, identificamos alguns signos – sociais, econômicos,
culturais, religiosos etc. – em uma determinada pessoa e, a
partir daí, começamos a projetá-la em nosso imaginário. Podemos
subestimá-las e ignorá-las por não reconhecer nada que nos agrade ou
elevá-las a uma categoria de semi-deus, senhora perfeição. Ambas as
atitudes são maléficas e podem nos prejudicar muito.
Uma nos impede de conhecer pessoas incríveis, outra nos frustra por descobrirmos que não são incríveis.
A saída, que deve ser um constante exercício mental, é deixar as
projeções e expectativas de lado e simplesmente encarar aquele ser real
diante de nós. As surpresas virão, sempre! Contudo, não nos machucarão.
Ou nos machucarão bem pouco.
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