terça-feira, 4 de agosto de 2015

Aparências.


Chega a ser cômico o tanto que as aparências podem nos enganar. Conhecer uma pessoa de perto, no íntimo, no pessoal, pode significar saltar de uma imagem meramente imaginária – o virtual – que outrora você projetou dela, para enxergar como ela é de fato – o real. Essa passagem pode ser frustrante ou fascinante, mas sempre surpreendente. 
Fato é que nós, muitas vezes, identificamos alguns signos – sociais, econômicos, culturais, religiosos etc. – em uma determinada pessoa e, a partir daí, começamos a projetá-la em nosso imaginário. Podemos subestimá-las e ignorá-las por não reconhecer nada que nos agrade ou elevá-las a uma categoria de semi-deus, senhora perfeição. Ambas as atitudes são maléficas e podem nos prejudicar muito. 
Uma nos impede de conhecer pessoas incríveis, outra nos frustra por descobrirmos que não são incríveis. 
A saída, que deve ser um constante exercício mental, é deixar as projeções e expectativas de lado e simplesmente encarar aquele ser real diante de nós. As surpresas virão, sempre! Contudo, não nos machucarão. Ou nos machucarão bem pouco.

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