quinta-feira, 14 de maio de 2015

Não adulterarás!



O sétimo tópico deste maravilhoso prólogo [Os 10 mandamentos] deixado a nós pelo Eterno pode ser comentado a partir de um outro versículo de Deuteronômio: “Quando edificares uma casa nova, farás um parapeito, no eirado, para que não ponhas culpa de sangue na tua casa, se alguém de algum modo cair dela.” (Deuteronômio 22:8)

Por que esse versículo? Reparem que nele há uma ordem que visa proteção, edificar parapeitos para que dela ninguém caia e se caso vir a cair que não seja lançado sobre nós a culpa do sangue. O relacionamento conjugal é como uma casa no alto, quando destacamos aquela pessoa dos demais e a erguemos para ali iniciarmos um novo começo. E, como uma casa no alto, o casamento requer cuidados, oferece riscos, exige esforços, mas igualmente oferece-nos uma visão panorâmica do que é feio e do que há de mais belo.

Pôr o outro antes de nossas vontades, respeitá-lo, entendê-lo, criar vínculos, estabelecer laços de confiança, são todos itens que juntos formam o parapeito. Havendo reciprocidade no cuidado, o ego perde espaço e consequentemente a chance de queda é aniquilada. Queda esta que é considerada um dos atos mais imorais diante do nosso Deus: o adultério. Deus não é conivente com a imoralidade.

Ser fiel ao próximo que separamos para com ele constituir família é ser fiel a Deus, pois ele também veio de Deus e Deus também está nele.

Deus disse “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2:18) e fez Eva de parte de Adão. 
Alguns sábios judeus dizem que o problema de Adão era não ter alguém a quem “se dar”. Com Eva ele tinha quem necessitasse de seu amor, carinho e atenção, logo ele poderia dar-se a ela. A palavra amor em hebraico é ahavá, que tem na raiz a palavra hav (dar), o que implica na importância da doação mútua que deve haver entre um casal.

Está escrito "Deus criou o homem à sua imagem. Na imagem de Deus, Ele os criou, homem e mulher." Percebe? De um vieram dois, o que explica a atração instintiva e a necessidade de fidelidade, pois trair o conjugue é trair a si mesmo e a Deus, de quem ambos vieram.

O matrimônio é uma instituição divina e não humana. Através dele concretizamos o que Deus estabeleceu no Éden: “Por este motivo, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua esposa, e os dois se tornarão UMA SÓ CARNE.” (Gn 2:24)

O casamento te permite transcender através do seu cônjuge, são dois numa caminhada rumo a uma vivência una com o Criador. Por isso há tamanho cuidado do Senhor com o matrimônio, a ponto de destacá-lo no 7º (número da perfeição) tópico do prólogo dos mandamentos, porque pra Deus a união das almas é perfeita, pois faz com que ambas retornem ao seu estado original, como quando Eva existia apenas em Adão e Adão existia apenas em Deus.


Referência:
Adaptado. Artigo original de Josias Mariano. VIA Retornando às Escrituras
"Série – OS 10 MANDAMENTOS - 7º mandamento: Não adulterarás!". 
Foto de Rodrigo Zapico.

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