Tenho percebido
o quão infantil podemos ser diante das más situações. E vejo o quanto nossa
alma, manchada por uma natureza pecaminosa, é inclinada a buscar na afronta uma
forma de chamar a atenção de Deus.
Quem nunca, ao
perder algo que considerava importante ou ao não ter as coisas funcionando com
planejara, não foi tentado a rebelar-se contra Deus e pôr nele toda culpa,
voltando-se para o que é mau? É uma atitude bem simples. Você se decepciona e
diz “também não confio em mais ninguém”. No fundo, nossa intenção não é mais
deixar de confiar nas pessoas, mas, ao proferir essas palavras, desejamos chamar
atenção de alguém – nesse caso, de Deus – e, quem sabe, poder ouvir palavras de
consolo como “Não diga isso! Claro que você pode confiar, eu porei na sua vida
pessoas que merecerão sua confiança!”. Contudo, não é isso que acontece. Em
meio as nossas reclamações e indignações, ouvimos um belo de um silêncio. Os
céus parecem não se moverem com as nossas queixas.
Na verdade, o
que se move é a nossa consciência. Diante de tal mesquinha reação, nossa
consciência, iluminada pelo Espírito de Deus, nos leva a perceber o quão tola é
essa atitude. Compreendemos então que afronta não é, nem de longe, a melhor
forma de chamar a atenção do Eterno. Na verdade, nós nem sequer precisamos o
fazer! Basta lembrarmos que, em sua infinita graça e misericórdia, Ele escolheu
voltar a nós sua atenção e compaixão. E, mesmo quando tudo aparentemente dá
errado, sem entendermos o porquê, podemos confiar que todas as coisas – boas e
ruins - cooperam para o nosso bem: Cristo está sendo formado em nós!
Como Cristo, não afrontamos o Pai quando estamos na cruz. Podemos derramar sobre ele nossas aflições, tristezas, lágrimas e decepções. Porém, sempre com o coração dizendo, em profunda adoração e resignação: Contudo, seja feita a tua vontade {Lc 22:42} (...) Deus meu, Deus meu {Mc 15:34}.
Como Cristo, não afrontamos o Pai quando estamos na cruz. Podemos derramar sobre ele nossas aflições, tristezas, lágrimas e decepções. Porém, sempre com o coração dizendo, em profunda adoração e resignação: Contudo, seja feita a tua vontade {Lc 22:42} (...) Deus meu, Deus meu {Mc 15:34}.
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