sexta-feira, 5 de junho de 2015

Como chamar a atenção de Deus?


Tenho percebido o quão infantil podemos ser diante das más situações. E vejo o quanto nossa alma, manchada por uma natureza pecaminosa, é inclinada a buscar na afronta uma forma de chamar a atenção de Deus.
Quem nunca, ao perder algo que considerava importante ou ao não ter as coisas funcionando com planejara, não foi tentado a rebelar-se contra Deus e pôr nele toda culpa, voltando-se para o que é mau? É uma atitude bem simples. Você se decepciona e diz “também não confio em mais ninguém”. No fundo, nossa intenção não é mais deixar de confiar nas pessoas, mas, ao proferir essas palavras, desejamos chamar atenção de alguém – nesse caso, de Deus – e, quem sabe, poder ouvir palavras de consolo como “Não diga isso! Claro que você pode confiar, eu porei na sua vida pessoas que merecerão sua confiança!”. Contudo, não é isso que acontece. Em meio as nossas reclamações e indignações, ouvimos um belo de um silêncio. Os céus parecem não se moverem com as nossas queixas.

Na verdade, o que se move é a nossa consciência. Diante de tal mesquinha reação, nossa consciência, iluminada pelo Espírito de Deus, nos leva a perceber o quão tola é essa atitude. Compreendemos então que afronta não é, nem de longe, a melhor forma de chamar a atenção do Eterno. Na verdade, nós nem sequer precisamos o fazer! Basta lembrarmos que, em sua infinita graça e misericórdia, Ele escolheu voltar a nós sua atenção e compaixão. E, mesmo quando tudo aparentemente dá errado, sem entendermos o porquê, podemos confiar que todas as coisas – boas e ruins - cooperam para o nosso bem: Cristo está sendo formado em nós!

Como Cristo, não afrontamos o Pai quando estamos na cruz. Podemos derramar sobre ele nossas aflições, tristezas, lágrimas e decepções. Porém, sempre com o coração dizendo, em profunda adoração e resignação: Contudo, seja feita a tua vontade {Lc 22:42} (...) Deus meu, Deus meu {Mc 15:34}. 

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